Sempre gostei de livros de autoajuda; vejo-os não apenas
para momentos difíceis, mas amigos de
todas as horas. Trabalham seu estado emocional
e melhora o espírito, te mostram que o ser humano pode sim viver bem e feliz! Merecem
sempre serem lidos. E é claro que “reengenharia
pessoal” não é menos que isso, na verdade ultrapassa o limite de “um bom livro”
e torna-se aquele de cabeceira, ele te propõe uma profunda reflexão sobre si
mesmo. Vou destacar dois aspectos aos quais eu me maravilhei e achei
importante.
Primeiramente, o conteúdo. O foco do autor é o ser humano; o
“eu”. Sabe aquela parte da sociologia
que fala da influência do ser humano para com a sociedade, e vice-versa? Pois
é, o escritor afirma determinadamente que a mudança ocorre do interior para o
exterior, ou seja, é preciso que o homem mude para que aconteça o mesmo com a
sociedade. Esta é a filosofia de Inocenti
E isto é muito
importante para a ideologia que ele trata. Segundo ele , o século XXI é o tempo
da liberdade e da transformação. As pessoas podem escolher o que querem ser,
bastam ter “garra”. Você pode ser Stephen King ou Neymar, Van goghou Barack
Obama. Você pode ser o que quiser! Escolha com quem deseja se relacionar,
viver, e amar; escolha para onde deseja sair sábado de noite ou domingo de
manhã; fim, o modo como deseja viver. A escolha está em desde a profissão até
coisas banais, como o que comer quarta de madrugada.
Além disso, para ele
também é o tempo de profundas mudanças. Coisas e pessoas transformam-se todo
instante, se ontem era de tal forma, hoje, o inverso. Leis mudam, ativistas revolucionam,
pais mudam seu modo de educar; professores, de ensinar.
Estas duas ideias são
as bases de seu livro: a transformação e a liberdade se relacionam intimamente.
Por tudo citado acima, e o restante
apresentado no livro é preciso que nós descubramos a nós mesmos; e conquistemos
cada vez mais consciência de nossas escolhas, para procurar sempre as melhores
alternativas; assim, por consequência, faremos da Terra um lugar digno de ser
habitado por todos e tudo.
O livro procura da melhor forma mostrar ao leitor a sua
importância para que o mundo se torna um lugar melhor. Só com o “eu” do homem,
o mundo poderá ser de fato, verdadeiramente melhor; e obviamente, todos os
terráqueos.
Agora, vamos falar sobre como a estrutura do conteúdo, que é
o segundo ponto.
O livro é totalmente
dinâmico e muito divertido de ser lido. Se o autor fala do caos e agitação
deste novo milênio, a estética de sua produção é a prova final.
É formada por três partes: o texto (bem pequeno) que abrange
de forma breve o que foi proposto no título, mas você consegue muito bem
compreender o que o escritor quer passar. Há também o pensamento reflexivo, que
retoma o que o texto propôs e que de fato, te faz parar para refletir suas
atitudes. E temos uma frase que também retoma a ideia principal. E para fechar,
um desenho super interativo e inusitado (uma ideia que aprovei muito).
Mas esta ordem (texto,
reflexão, e frase) não é seguida pelo o escritor. Muito pelo o contrário, é
comum você encontrar uma dica seguindo esse ritmo, e quando vira a página,
encontrar tudo invertido: a frase primeira e logo depois a reflexão; e em outro
a reflexão primeiramente. Não há como a leitura ficar entediante! Cada página é
algo inesperado.
Ele foge de textos
longos e cansativos; o que fez muito bem. E quando você toma consciência, já
leu 60 páginas sem notar. Porém, não é muito divulgado, e talvez você encontre dificuldades para encontrar o livro deste gaúcho.
Paulo Inocenti |